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A otite canina, uma inflamação que afeta o ouvido interno, externo ou médio dos cães, é uma das doenças mais frequentes entre esses animais, especialmente em raças com orelhas peludas e caídas. A condição, que pode causar dor e desconforto significativos, possui diversas origens, desde infecções bacterianas, fúngicas e parasitárias até problemas relacionados à produção excessiva de cerume.

A variedade de causas da otite canina se divide em diferentes tipos, cada um com suas características distintas:

Otite Parasitária: Desencadeada pela presença de ácaros no ouvido.
Otite Ceruminosa: Resultante do acúmulo excessivo de cerume, levando à inflamação.
Otite Bacteriana: Provocada por bactérias resistentes.
Otite Fúngica: Causada por fungos persistentes.

Causas

As causas da otite canina são variadas e podem incluir: Infecções por bactérias, fungos ou ácaros, presença de pólipos no conduto auditivo, alergias e até mesmo entrada de água durante o banho.

Essas causas são classificadas em dois grupos:

Primárias: Devidas à presença direta de bactérias ou fungos.
Secundárias: Resultantes da entrada de agentes agressores, como água ou algodão.

Sintomas

Os sintomas de otite em cães podem variar, mas geralmente incluem:

Os sintomas da otite em cães podem variar amplamente, mas incluem comumente coceira persistente na orelha afetada, ferimentos ao redor das orelhas devido à coceira, movimentos frequentes de balançar ou chacoalhar a cabeça, presença de mau cheiro, vermelhidão, escurecimento ou o surgimento de crostas no ouvido, secreções, acúmulo excessivo de cera ou pus, e manifestações de dor e inchaço na região da orelha. Em casos mais graves, a otite pode levar à febre e até mesmo surdez, indicando uma condição mais séria que exige atenção e protocolos rigorosos.

Tratamento e Prevenção

Para prevenir complicações mais graves na otite canina, é fundamental seguir o tratamento proposto pelo veterinário. Além disso, algumas medidas preventivas podem ser adotadas no cotidiano do animal. O Médico Veterinário da Rede DOK, Nelson Vieira, trouxe algumas dicas para os tutores:

“Recomendo a limpeza auricular frequente em animais de raças consideradas predispostas ou em animais com histórico de otite. A frequência dessas limpezas varia de animal para animal. Nas limpezas auriculares, deve-se utilizar produtos específicos para cães e gatos, de modo a não interferir com as condições fisiológicas do canal auditivo.
Para prevenir o desenvolvimento de otites, devem ser evitadas alterações na umidade auricular e variações rápidas de temperatura. Os produtos otológicos de limpeza possuem propriedades secantes que ajudam a reduzir a umidade no canal auditivo.”

Além dessas recomendações, é importante adotar as seguintes práticas:

Evitar a entrada de água no canal auditivo do animal durante o banho ou atividades aquáticas.
Realizar a limpeza constante das orelhas do cão. No entanto, a limpeza excessiva pode remover as defesas naturais. O recomendado é higienizar as orelhas uma vez por semana.
Não remover os pelos da orelha, pois eles são essenciais para a proteção do conduto auditivo.

Esses cuidados vão ajudar a manter a saúde auditiva dos cães, prevenindo infecções e garantindo o bem-estar dos nossos amigos de quatro patas.